terça-feira, 30 de maio de 2017

Capacete, casaco, calças, luvas, malas, intercomunicadores...oh duas rodas a tanto que obrigas!

Capacete, casaco, calças, luvas, malas, intercomunicadores...oh duas rodas a tanto que obrigas!

Pois é, a nossa relação é recente e, por isso, ainda com muito desconhecimento de parte a parte. Lembro-me de aventurar-me a ir contigo (não tive muitas hipóteses na verdade! Tu vinhas quase no BI daquela pessoa. E com ele aceitaria, sem qualquer dúvida, essa aventura de te conhecer) a uma volta curta (mas suficiente para eu, inexperiente, ficar com partes do corpo doridas) pela Serra. Serra da Estrela  - este Nosso lugar – meu e teu. Confesso-vos que para mim só há muitíssimo pouco tempo comecei a baixar as defesas em relação a estes espaços interiores..era difícil (muito) deixar de repensar o prazer tão grande que era continuar a viver em Lisboa e com o mar tão perto! Aquela cidade encanta-me e puxa-me de uma forma especial...
Bem, regressando à volta contigo pela Serra da Estrela (e julgo estarmos no início do Verão de 2016). Então e o capacete? Pois como já devem calcular não fazia parte de nenhum dos objectos que tinha em casa. Mas ele tinha um para mim (não seria esse o motivo, pensaria ele talvez, para ela desistir!). Não exactamente à medida da minha cabeça, mas teve que servir naquele momento. E eu como motard de muita experiência, como aliás já devem ter assumido, neste dia do passeio vesti umas calças rasgadas (super na moda) e um tshirt básica. ELE: Traz uma camisola ou um casaco quente. Vamos sentir frio na Serra. Eu: Claro! E decido levar uma camisola preta de malha e com muitas aberturas..fica bem no modelito! (a função aquecer podia não cumprir tão bem, confesso agora).
E as voltas começaram a ser mais frequentes..e o capacete não era mesmo o meu tamanho! E um casaco a sério para andar de mota começava a dar muito jeito.. mais ainda para voltas de mota no Inverno (que aqui na Serra é bem notado!).
Deixo aqui (num dia próximo) duas fotos... Uma de um casaco que uma amiga especial (já com experiências nesta vida de motard) me emprestou (Obrigada Sipa, fofinha). O casaco que me acompanha desde então nas viagens de mota (Sim, eu sei...vais pensar..que já muitas vezes disse não ser preciso levá-lo. A verdade – e mais uma confissão – é que nunca me arrependi de o levar e dei-lhe uso). A outra foto da prenda dos 29 anos ..Obrigada a Ti, meu querido! Pois é..agora já tenho um “objecto em casa” ..começa a encaixar verdadeiramente o “espírito motard” em mim.  
E a propósito desta panóplia de coisas que seduzem amantes de motas, Ele talvez vos fale da loja que visitámos os dois...um fim de tarde e a intenção de comprar um casaco de pele..as tais compras inesperadas e boas J

Saudações motard 


segunda-feira, 22 de maio de 2017

Como Tudo Começou Parte 1

Como tudo começou? Não sei ao certo sou sincero, mas uma coisa tenho a certeza na minha cabeça este sonho já pairava algum tempo, talvez por volta dos 18 anos não sei bem. Antes de falar de como surgiu esta ideia e das várias opções de férias até a esta decisão vou falar da minha paixão por motas, daí o título deste texto ter um duplo significado.
Sinceramente não sei se não está marcado no meu código genético. Sei que o meu pai tinha 12 anos e já roubava a Sachs Lebre ao meu avô, nos dias de hoje coitado do homem, tinha a comissão de protecção dos menores à perna, porque o filho não tinha bicicleta e a única coisa parecida com duas rodas que havia em casa era a tal  Sachs Lebre. A cadeia do gosto das motas já vai na 3ª geração portanto (espero poder ter a quem transmitir um dia).
O meu gosto manifesta-se quando?

O ano preciso não sei, existem "relatos" de que gostava de andar numa Zundapp Macal azul (ainda existe e anda), disseram-me que andava com o meu pai, sentado à frente com as mãos bem agarradas ao depósito, aí começou o gosto pelo vento na cara, sentir o cheiro da liberdade. Como vos disse há pouco só pode ser genético sim, tive a mesma imagem quando o meu irmão nasceu, desta vez eu como condutor, sim eu como condutor, tarde mas a vida passados 17 anos da minha existência trouxe-me um irmão, como irmãos que somos partilhamos genes e não é que o gene das motas também passou para ele! Mas eu quando comecei a andar? A autoridades que desculpem, tal como as mentes mais censurais, senão me engano tinha eu uns 13, 14 anos quando comecei a queimar pneus e gasolina de mistura, sim foram alguns depósitos, todos os dias lá ia eu tirar a mota da loja, uma voltinha sem muitos alaridos, sem carta não me podia aventurar muito, sentir o vento na cara, os cheiros por onde passava, melhor sensação do mundo, quem anda de mota, os verdadeiros motard sabem do que falo. Até ter a carta de condução foi durante anos a minha diversão, roubar a mota ao meu pai quando não tinha o consentimento, bem como gasolina, pobre homem, quantas vezes foi ao garrafão e ele cheio de ar, felizmente não me dava muito na cabeça, sabia perfeitamente que a culpa era dele, herdei este material genético dele. Mas falando destes pormenores esqueci-me de um, enquanto "roubava" a velha Zundapp os meus olhos reluziam ao ver parada ao lado a Suzuki GS500  do meu cota, era o sonho, confesso que me sentei muitas vezes nela, só para lhe sentir o peso. Muitos minutos, horas, a namorá-la, a desejar que chegassem os 18 anos para poder andar nela. Depois veio a carta, esperei até aos 18 com muito custo, o meu pai dizia-me para tirar aos 16, mas assim tinha de ir la outra vez para andar com aquela por quem tinha um amor platónico, via mas não mexia, doí ter algo a nossa frente que queremos tanto e não lhe podermos tocar. Como eu desejava que chegassem os 18, poder andar km sem preocupação, eu e ela. Ter tirado a carta foi dos melhores presentes que os meus pais me deram sem dúvida, logo carta de carro e mota, se a primeira dava jeito para ir até à faculdade a segunda dava igualmente para alimentar este vício. Vício bom, que não dá ressaca, mas dá-nos um prazer... Quantas vezes ouvi "onde vais com a mota?", quase todas as vezes respondi que não sabia, vou por aí, onde ela me levar!

sexta-feira, 19 de maio de 2017

Wanderlust

Wanderlust é uma expressão derivada do alemão - "wandern"= caminhar e "lust" = desejo. Podemos defini-lo como um forte desejo de viajar, ou ter um forte desejo de explorar o mundo.

Pessoalmente, é esta a minha inclinação que, rapidamente, ficou desperta quando se junta a uma outra de alguém que passa por realizar quilómetros com o vento a bater na cara. E quando este alguém é a pessoa companheira, cúmplice é fácil compreender que as vontades rapidamente se transformem em projectos que satisfaçam ambas. 

Eu, Tu e Ela

Eu, Tu e Ela

Este blog surge da conjugação de várias paixões. A paixão de duas pessoas, em viajar, fazê-lo de mota, partir na aventura de conhecer novas estradas, paisagens, recantos e culturas. Pessoalmente existia o sonho de realizar uma viagem de mota por Portugal, conhecer o que este pequeno mas belo país tem como experiências para nos oferecer. Depois de alguns anos a adiar surgiu este ano a oportunidade de passar do sonho para o concreto, assim juntei o eu, tu e ela (mota). Na preparação desta aventura, desde percurso, paragens, surgiu a ideia de partilhar as experiências vividas na forma de um diário de bordo. Nasce assim o EU, TU e Ela.